domingo, 13 de dezembro de 2009

Lançamento do livro: "Os Filhos de Húrin" e Palestra com Ronald Kyrmse


 




O Conselho Branco marcou presença no lançamento Oficial do livro "Os Filhos de Húrin" neste último sábado, dia 12 de dezembro, as 15 horas, na Livraria FNAC Paulista (Av Paulista, 901, Centro - São Paulo/SP).






Ronald Kyrmse, o tradutor da obra, profundo conhecedor da obra de Tolkien e responsável pelas últimas traduções da mesma para o português do Brasil, palestrou, alegremente e de forma entusiasmada, o tema: "Tolkien - o professor, o pai de família e o autor".


Tradutor Sr. Ronald Kyrmse
durante a sessão de autográfos

Embora o Conselho Branco estivesse presente com 5 entocados de São Paulo, não logramos felicidade no sorteio de 4 livros.



Confraternização antes do evento:
Miluiel, Ninloth e Estel Santiago ao centro
Almoço "Hobbit" com direito a uma longa converça de "Anão"
(não adianta, é "anão" e pronto!)




Ronald Kyrmse e Estel Santiago 
representando o Conselho Branco
Toca São Paulo

 

  Prof. Gilsmy Albert Boscolo e o Tradutor e Escritor Ronald Kyrms


Bom, infelizmente não deu para resistir, depois da palestra de Ronald, que de forma empolgante palestrou sobre a vida de J.R.R. Tolkien, acabei comprando, não somente o livro "Os Filhos de Húrin", como também o livro de sua autoria: "Explicando Tolkien".

Resultado: dois livros autografados!




Ronald possui uma ótima dicção com um tom e timbre de voz marcante (parece até dublador profissional!) e também demonstrou ótimo humor, ao melhor estilo "britânico", somados aos seus sábios e estratégicos subterfúgios, que ao final da palestra naturalmente rompeu a barreira da antipatia que alguns traziam consigo em relação as polêmicas escolhas na tradução de Os Filhos de Húrin, principalmente a respeito da sua escolha para tradução da palavra "dwarf" para "ananos", diferenciando da anterior e já tão bem conhecida, "anão".

Eu não gostei da substituição, mas ele foi polido e honesto, ao final da palestra, quando expôs seu ponto de vista sobre a questão mesmo sabendo que não ira agradar a "Gregos e Troianos". Ele deu três motivos do porque utilizou a palavra anano(s)-anana(s). Se a memória não me falha (me corrijam se eu estiver errado): Primeiro porque, tal como Tolkien fizera uma diferenciação da palavra "dwarf" e usando "dwarves", preferiu também algo diferente mas que remetesse o mesmo significado; e por fim, porque queria distinguir a raça dos "dwarves" da palavra "dwarf-anão" que também significa pessoas que possuem algum tipo de anormaliade - nanossomia, pigmeísmo; segundo, porque agora você tem como indicar melhor o adjetivo, como por exemplo: cultura élfica, cultura "ananica";

Na verdade, este momento final foi muito engraçado. Terminada a rápida explicação sobre "anano", e a platéia permanecendo em total silêncio por alguns segundos, Ronald - finalizando sua palestra com chave-de-outro - disse: "Ok! Não consegui convencer ninguém!".

Na minha opinião pode ser que num futuro próximo ele possa até mudar de idéia, quem sabe?

Se vale de alguma coisa a opinião deste que vos fala, se me permitem, discordo da escolha de "anano*" para tradução de "dwarve". Explico: anano, mesmo que obsoleta, é sinônimo de anão**. Isto significa que ele também se refere ao significado de pessoas que possuem algum tipo de anomalia e principalmente porque desde que tive contato com a literatura fantástica medieval, jamais escutei de alguém qualquer citação, reclamação ou alarde no que diz respeito a "anão" - raça" com "anão - anomalia genética" - e olha que em minhas aulas, em momentos oportunosutilizei, diversas vezes o RPG e ou as obra de Tolkien.


 O LIVRO


"O mais sombrio de todos os contos de Tolkien. 
As ilustrações de Alan Lee completam esplendidamente o texto"
Times Literary Supplement 

ANTES DA LENDÁRIA ERA DE O SENHOR DOS ANÉIS, UM PODEROSO ESPÍRITO DOMINADO PELO SENHOR DO ESCURO AMEAÇA A VIDA DOS FILHOS DE HÚRIN.

Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, habita na vasta fortaleza de Angband, ao norte; e à sombra do temor de Angband e da guerra travada por Morgoth contra os elfos, os destinos de Túrin e de sua irmã Niënor serão tragicamente entrelaçados.

A vida breve e apaixonada dos dois irmãos é dominada pelo ódio visceral que Morgoth tinha deles, os filhos de Húrin, o homem que ousara desafiá-lo frente a frente. Contra eles, Morgoth envia seu mais temível servo, Glaurung, um poderoso espírito na forma de um enorme dragão de fogo sem asas, numa tentativa de cumprir sua maldição e destruir os filhos de Húrin.


*anano: adj.s.m. (1609) obsl. m.q. anão / etim ver em anão / sin/var como adj.: ver sinonímia de enfezado / ant como adj.: ver antonímia de enfezado

**anão: adj.s.m. (sXIV) 1 que ou o que apresenta nanismo, tem pouca estatura ou tamanho muito abaixo do normal 2 p.ext. que ou o que é raquítico, mirrado, enfezado 3 fig. pej. que ou o que tem cultura ou inteligência insignificantes / adj. 4 de pequeno tamanho ou altura (diz-se esp. de animal ou planta) / gram fem.: anã; pl.: anãos e anões (mais us.) / gram/uso como adj., pode ligar-se ou não por hífen a um subst. precedente (estrela anã; bananeira-anã) / etim lat.nánus,i, do gr. nánnos,ou ou nânos 'animal ou planta anã, anão' com a- protético / sin/var como adj.: ver sinonímia de enfezado e antonímia de descomunal / ant como adj.: ver sinonímia de descomunal e antonímia de enfezado / hom Hanão(antr.) / par anã(f.) / aná(s.m. e adv.) e Ana(antr.)

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